Se eu sumir


Tem momentos na vida
Que é necessário fechar portas
Apagar as luzes
Trocar a euforia pelo silêncio.

Às vezes é preciso se ausentar
Para que a presença seja valorizada.

O ser humano muitas das vezes só estima o que não tem
Pois quando tem
Não é capaz de administrar.

Então...
Se um dia eu sumir
Encare minha lacuna como covarde, mas atenta
Falha, mas autêntica
Desajeitada, mas quem sabe permanente.

Lembre-se que o que não é estimado
 Não encontra motivo para permanecer.

Viva os idiotas!


Eles parecem adultos
Mas são doutores nas molecagens
Tentam contar piadas
Mas em troca ganham risos forçados

Fingem ser quem não são
Disfarçam ações com palavras
Quereres com vontades
Prazeres com encantos medíocres

Testam as teorias mais excêntricas
Trocam olhares com facilidade
Escondem os defeitos
E idealizam tantas qualidades

Transformam rimas
Brincam com versos
Destroem estrofes
Pisam brutalmente na poesia

Gostam de ensaios e encenações
Apegam, desapegam
Somem, aparecem
Mudam conforme a “música”

São licenciados no verbo iludir
Em transmitir “conversa fiada”
Mergulhar intensamente em injustiças
E achar que mandam onde nem se quer existe um dono

Viva os idiotas!
Aqueles que ultrapassam títulos
Que encobrem escrúpulos
Sonegam verdades

Viva os idiotas!
Que aproveitam de "sentimentos carentes"
E acreditam erroneamente
Que podem ludibriar "qualquer um"

Viva os idiotas!
Esses pobres coitados
Rotulados com um vocábulo forte
Mas que transparecem tão bem quem são