A chuva e os sonhos



Chuva que chove lá fora
Que lava a saudade
Alaga os delírios mais ocultos
Faz e desfaz de tantos quereres

Chuva que vem da rua
Que invade faces
Que arranca soluços
Que perturba e acalma ao mesmo tempo

Chuva que é minha
É sua
Que Vive
E morre em cada pranto

Chuva que deixa chover
E molhar os sonhos
Que na lama se esconderam
A espera de serem limpos pelos pingos

Quereres



Quero viver sentindo o seu cheiro
Respirando o seu corpo
Mergulhando em seus lábios carnudos
E com um suspiro louco e nada solitário
Sentir o êxtase da transformação de dois em um