Bem-vindo novo ano


Hum!
É hora de abrir as gavetas
Tirar a bagunça acumulada
Experimentar lembranças
Viajar nos pensamentos só meus

É hora de confiar e ser confiante
De resgatar a infância de adulto
De buscar nos sonhos um escudo
Que proteja das desistências
E ascenda a vontade de lutar sem medo do fracasso

Hum!
É hora de cair no samba
Deixar o vento me levar
Arremessar para longe a vaidade
Aceitar e se deliciar com o que e quem eu sou

É hora de chorar de alegria
De me perder em desejos
De implorar a volta de um futuro ausente
E caminhar impulsiva porta afora

Hum!
Não quero fantasmas me assombrando
Línguas malditas relembrando feridas já cicatrizadas
Quero é incerteza...
Porque quem tem certeza não precisa se entregar ao novo

Que venham as oportunidades
As conquistas, as realizações
Amores e mais amor
E que 2013 sorrisos sejam distribuídos
Durante os 365 dias hipotéticos deste ano

* Esta poesia dedico a todos os leitores do blog Poesia Impulsiva. Obrigada pelo carinho e cumplicidade. Se 2012 foi bom... 2013 será muito melhor.  Que o novo ano seja belo como os versos, livre como as estrofes e complexo como a poesia. Feliz 2013!!!

Ciúme


"Tenho ciúme de você"
Já dizia uma canção
Que ao sair das letras musicais
Resolveu habitar um pobre coração

O ciúme me abraçou
Ou talvez me sufocou
Chegou sem pedir licença
Causando transtornos em uma mente antes lúcida

Trouxe consigo a dor
A insegurança tão absurda
Um veneno para os olhos
E uma lágrima para as minhas próprias criações

Acorrentou-me
Deu uma rasteira nas certezas que eu tinha
Atravessou o peito
E, não satisfeito... amolou a alma

Não conseguiu ser parceiro do amor
Do sentimento que gritava por liberdade
Enquanto o ciúme, surdo, entendia por prisão
E em idas e vindas enforcava os vertígios de emoções

Ah!!!
O amor se foi
O ciúme perdeu a graça
E resolveu partir também

Ano Novo


Respire!
Sugue o medo
Drene a mente
Engula o orgulho
Condene o mau-humor

Concentre!
Acorrente o fracasso
Esqueça o desespero
Abrace sonhos
Queira as conquistas

Deseje!
Espante a sua própria escravidão
Lembre-se do tempo e espaço
Projete o que ficou para trás
Insista, mesmo quando todos já desistiram

Faça!
Abra portas
Quebre janelas
Encontre o “eu”
Contrário e melhor do que no passado já foi

Sorria!
Comemore cada manobra
Ria do nada ou do tudo se lhe for permitido
E de maneira nenhuma
Desista de ter ou ser quem você merece