O amor precisa ser livre
Amor que prende
Não é amor
Amor que cobra
Não é amor
Amor que acorrenta
Não é amor
Amor que amarra
Não é amor
Amor que segura
Não é amor
Amor que domina
Não é amor
Então...
Pergunto-me quieta
E no silêncio dos olhares
“O que é o amor?”
Ah, o amor...
É o rompimento das prisões
E dos sentimentos imaturos
Colocados atrás das grades do coração
O verso e a rima
O amor pode acabar,
A saudade pode passar,
O perdão pode chegar.
As lembranças podem variar,
O sorriso pode acalmar,
O choro pode lamentar.
Os braços podem acariciar,
O corpo se acasalar,
E o coração acelerar.
O silêncio pode incomodar,
O desejo se acorrentar,
O prazer se acumular.
O que não pode...
É a poesia se afastar,
O verso se apagar,
E a estrofe não aflorar.
Vontade
A vontade me amarra
Grita meu nome incansavelmente
Sinto-a tão próxima como a respiração
E as vezes tão distante como o coração
Ela me engana
Pertuba-me
Fala quando quero silêncio
E se cala quando preciso ouvir
Ela me faz brigar de insatisfação
Rebelar-se contra esse mundo mesquinho
Tão cheio de ego
E repleto de sentimentos em migalhas
Ah! A vontade...
Implora que eu feche os olhos
E não enxergue a degeneração do que o homem
Insiste em chamar de amor
Traição
Fingiu se entregar plenamente,
Dividiu momentos,
Somou histórias,
Buscou complementos.
Transformou duas vidas em uma,
Disse “eu te amo” como se fosse “bom dia”,
Assumiu um romance publicamente,
Fez juras do “felizes para sempre”.
Os dias passaram...
As brisas quentes já não eram iguais,
A lua perdeu o brilho tão dela,
E a flores não perfumaram mais os jardins.
Dois seres então viraram três.
As brigas se tornaram constantes,
A confiança se extinguiu,
Os planos perderam todo o valor.
A dignidade foi traída
Por um prazer momentâneo,
Que agiu no egoísmo
Deixando um coração no vazio.
E, hoje...
O sonho futuro se escapa em lágrimas frias
Escondendo-se na vergonha alheia
Que não foi capaz de se contentar com o “nós dois”.
Maldito Passado
O coração permanece doentio
Sofrendo com quereres
Apartando rumores
Escondendo anseios
Sobre a luz anêmica
Uma lágrima rola solitária
Regredindo a vida
E amaldiçoando o tempo perdido
As noites são mais prolixas
A saudade incontrolável
O corpo fica ludibriado
Difundindo-se em desejos ocultos
Os cantos se tornam covardes
A vida uma fugitiva
Onde a criatura quer viver no presente
E a alma insiste em permear no maldito passado
Definição do amor
O amor não é algo que se amarra,
Não é obrigação momentânea,
Nem acontece por capricho
Ou querer individual.
É um sentimento desequilibrado
Que surge na esquina,
Em um domingo de lua cheia
Ou até mesmo no encontrar de olhares estranhos.
É um silêncio forasteiro,
Enlace das mãos,
Junção de seres,
Encontro compulsivo de quereres.
É uma fantasia descontrolada,
Uma ambição ridícula,
Razão sem razão,
Esperança para quem não tem esperança.
O amor... Ah, o amor!
É o céu,
E ao mesmo tempo o inferno
De quem ama.
Amor de um viajante
Aqui estou eu
Sentado na poltrona triste
De um ônibus lotado
De sonhos e silêncio
Pela janela observo
A bela paisagem a correr
As árvores dançando embaladas pelo vento
E as nuvens observando tantos desejos ocultos
As montanhas lá fora estão no comando
Umas altas, outras baixas
Mas todas protagonistas
De um cenário de lembranças estranhas
Da janela o pensamento começa a surgir
Olho para o lado
E com uma poltrona vazia me deparo
Relembrando então, os momentos que não foram só momentos
Lembro-me do tempo
Que o eu não era só eu
Que o amor me abraçava
E a paixão me fazia suspirar
Em todo inverno eu tinha uma companheira
Com quem os sorrisos eram divididos
Os momentos eram compartilhados
E as histórias se somavam
Ah, a donzela!
Era minha musa de estrada
Colega das paradas
De um ônibus lotado e mal amado
Era ela que me arrancava suspiros
Fazia-me ir de adulto a criança em instantes
Apreciar a natureza tão só
Sorrir sem ter pressa de parar
Ela tinha o dom de me fazer ser eu mesmo
Sem artimanhas
Sem frescuras
Com os meus defeitos tão meus
E todo inverno era assim...
Sentia-me único
Feliz por algumas horas
Até que o ônibus paresse e ela dissesse o adeus
Não me sentia triste com a partida
Sabia que o adeus não era adeus
E que no próximo inverno nos encontraríamos
Para vivermos o que em um ano não foi vivido
E hoje, era o nosso dia
O inverno ia deixar de ser inverno
O amor viajante ia se tornar presente
Isso, se ela tivesse aparecido
Sentado na poltrona triste
De um ônibus lotado
De sonhos e silêncio
Pela janela observo
A bela paisagem a correr
As árvores dançando embaladas pelo vento
E as nuvens observando tantos desejos ocultos
As montanhas lá fora estão no comando
Umas altas, outras baixas
Mas todas protagonistas
De um cenário de lembranças estranhas
Da janela o pensamento começa a surgir
Olho para o lado
E com uma poltrona vazia me deparo
Relembrando então, os momentos que não foram só momentos
Lembro-me do tempo
Que o eu não era só eu
Que o amor me abraçava
E a paixão me fazia suspirar
Em todo inverno eu tinha uma companheira
Com quem os sorrisos eram divididos
Os momentos eram compartilhados
E as histórias se somavam
Ah, a donzela!
Era minha musa de estrada
Colega das paradas
De um ônibus lotado e mal amado
Era ela que me arrancava suspiros
Fazia-me ir de adulto a criança em instantes
Apreciar a natureza tão só
Sorrir sem ter pressa de parar
Ela tinha o dom de me fazer ser eu mesmo
Sem artimanhas
Sem frescuras
Com os meus defeitos tão meus
E todo inverno era assim...
Sentia-me único
Feliz por algumas horas
Até que o ônibus paresse e ela dissesse o adeus
Não me sentia triste com a partida
Sabia que o adeus não era adeus
E que no próximo inverno nos encontraríamos
Para vivermos o que em um ano não foi vivido
E hoje, era o nosso dia
O inverno ia deixar de ser inverno
O amor viajante ia se tornar presente
Isso, se ela tivesse aparecido
Salve o amor
Lá está ele!
Triste,
Sem vida,
Lamentando o passado,
Revivendo as desilusões.
Em seu barco de papel,
Ele rema sem parar,
Às vezes pensa em desistir,
E nas águas escuras se afogar.
Salve, salve o amor!
Antes que ele se torne relapso,
Se entregue a um fracasso traidor,
E não compreenda jamais,
Que o amor é companheiro da dor.
Triste,
Sem vida,
Lamentando o passado,
Revivendo as desilusões.
Em seu barco de papel,
Ele rema sem parar,
Às vezes pensa em desistir,
E nas águas escuras se afogar.
Salve, salve o amor!
Antes que ele se torne relapso,
Se entregue a um fracasso traidor,
E não compreenda jamais,
Que o amor é companheiro da dor.
Amor confuso
Um ser inocente
Descobre a confusão de amar
Convive com um novo corpo
Mata a sede de namorar
Sorri sem medo
Chora um choro sem coesão
Tem êxtase de sentimentos
E raiva da solidão
Vive sem prudência
Os limites desmente
Canta a paixão em versos
E beija a poesia intensamente
Vira e revira
Encontrando o esplendor
Na volta se depara
Com um intenso amor
Amor que vem do amor,
Que esbarra na dor,
Que provoca calor
E entende o estranho amor.
Descobre a confusão de amar
Convive com um novo corpo
Mata a sede de namorar
Sorri sem medo
Chora um choro sem coesão
Tem êxtase de sentimentos
E raiva da solidão
Vive sem prudência
Os limites desmente
Canta a paixão em versos
E beija a poesia intensamente
Vira e revira
Encontrando o esplendor
Na volta se depara
Com um intenso amor
Amor que vem do amor,
Que esbarra na dor,
Que provoca calor
E entende o estranho amor.
Mãe
Ela me entende sem que eu precise falar,
Me escuta mesmo quando meu choro é silencioso,
Adivinha meus anseios mesmo quando são incertos.
Sabe dos meus sentimentos,
Dos amores pelos quais suspirei,
E dos desamores que por momentos eu amei.
Ela tem sabedoria divina,
Amor incondicional,
E perdão integral.
Sabe dos meus pontos fortes,
Dos arriscados defeitos tão meus,
Das fraquezas de um adulto ainda criança.
Ela é a flor do deserto,
A chuva nos dias quentes,
O sol do inverno,
Um anjo que pediu licença ao céu.
Ela é Mãe!
Minha,
Sua,
Nossa...
* Esta é a homenagem do Blog Poesia Impulsiva a todas as mamães. Feliz Dia das Mães!!!
Adeus solidão
O tempo anunciava o amor
Os olhares ardentes se imortalizavam
O canto sentimental não tinha mais medo
Um pacote de sentimentos estava aberto
Vendo o dia se acabando em beijos
Diante do meio silencio já não existente
Foi então...
Que a solidão caminhou sozinha para o túmulo
Observando os corpos
Que imploravam pela embriaguez das almas
Esperei por você
Tinha apenas um coração,
Uma alma,
Um sentimento,
Uma espera que afligia.
Palavras de amor machucavam,
Lembranças escorriam pelos olhos,
A vida implorava pela liberdade
De um ser saqueado na expectativa.
A solidão se fazia presente,
Não pedia licença,
Não quis ser passageira
Devorando-me plenamente.
Os sorrisos já não eram os mesmos
Apontavam o passar do tempo
Onde as rugas desafiadoras
Pousavam numa face interrompida.
A espera,
Tornou-se espera demais
Rompendo a razão sem razão
Deixando escapar amores em vão.
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