O tempo passou
Faz frio lá fora.
As janelas batem,
E, os galhos das árvores parecem brigar,
Enquanto balançam de um lado para o outro.
Na casa, as luzes piscam,
O cheiro forte do mofo invade o ambiente.
As louças estão todas empilhadas,
E, sujas.
Os pregos das paredes parecem mais profundos,
A televisão continua sem cor
E, o "chuvisco" permanece de canal a canal.
Estou inquieta!
Confusa.
O tempo passou depressa demais
Porém, neste momento, não mais o sinto.
Tudo parece estar como deixei;
Só que mais imundo,
Mais nojento.
Fechei os olhos para a vida,
Tranquei-me na escuridão da alma,
Desliguei-me dos sentimentos tentando não conhecê-los,
Evitei-me entregar as loucuras da vida.
Perdi Tempo!
Tempo, perdi.
Hoje só me resta a casa mal arrumada;
As lembranças do que não vivi;
Os abraços que não dei;
Os beijos que neguei;
As pessoas que não conheci.
Tempo! Maldito tempo!
Grita insistentemente o fim,
Sem a chance do recomeço.
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