Nosso encontro
Quando te encontrei,
Uma sensação estranha,
Também foi encontrada.
Seus olhos grandes e pretinhos,
Uniram-se aos meus,
Refletindo o íntimo de dois seres.
A boca vermelha ficou recuada,
Brigando com a vontade.
Os braços tornaram-se incompreensíveis,
Querendo unir a inspiração
Com a contradição.
O corpo ficou trêmulo,
Aprisionado no desejo,
Alucinado em pensamento.
A respiração tornou-se ofegante,
Causando um êxtase tão puro
E, ao mesmo tempo desconfortável.
O coração renasceu
Num relance de simpatia,
Cantando melodia em forma de euforia.
Bebi a poesia,
Enlouqueci a alma,
Sequei a existência de sermos dois,
Para viver o suspiro de sermos um só.
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